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Whose conception of nature? Conflict between state and local people over Nech Sar National Park, Ethiopia..


A Regassa

Abstract

During the colonial period, western notions of nature were imported to Africa through the establishment of Protected Areas (national park, reserves, sanctuaries, and conservation corridors) and continued into ‘post-colonial’ periods as well. This perspective, which was transplanted into Africa, promotes separation of humans from the non-human constituents of nature in the process of protecting the latter from human influences. In the 20th century, the discourse of nature conservation took a different form whereby it began to integrate the economic motives through tourism activities in the territories represented as ‘pristine’ or ‘wilderness’. In both conservation and development discourses, however, the protectionist approach largely excludes local people from the planning, management and benefit of the projects. In the Nech Sar National Park case, state intervention brought into focus not only conflicting paradigms of conservation and development but also the threatened livelihood conditions of the local people and sustainability of biodiversity in and around the park territory. This article argues that any development programme that excludes local people and their knowledge, values and worldviews, becomes a futile excercise. Taking Nech Sar National Park as a case study, this paper argues that the official narratives of development and conservation in Ethiopia contradicts local conceptions and ultimately fails to ensure both conservation and development missions it presumably intends to achieve.

Durante o período colonial, noções de natureza ocidental forma importadas para África através do estabelecimento de áreas protegidas (parques nacionais, reservas, santuários, e corredores de conservação) e continuaram até ao período pós colonial. Esta perspectiva que foi transplantada em África promove a separação dos seres humanos dos não humano no processo de protecção dos não humanos de influências humanas. No século XX, o discurso sobre a conservação tomou uma forma diferente na qual começou a integrar motivações económicas através de actividades turísticas nos territórios representados como “ pristine” ou selvagem. Porém, tanto no contexto de conservação como de desenvolvimento, o proteccionismo exclui largamente as populações locais do processo de planeamento, gestão e de benefícios dos projectos. No caso do Parque Nacional de Nec Sar, a intervenção do estado trouxe ao de cima não apenas paradigmas conflituosos de conservação e desenvolvimento, mas também ameaçou as condições de vida das pessoas locais e a sustentabilidade da biodiversidade ao longo do território do parque. Este artigo argumenta que qualquer programa de desenvolvimento que exclua as pessoas locais, o seu conhecimento indígena, valores e visão do mundo, torna-se num exercício fútil. Se tomarmos o parque Nacional de Nec sar como caso de estudo, esta apresentação argumenta que as dissertações oficiais de desenvolvimento e conservação na Etiópia contradizem conceitos locais e em última análise, pecam por não assegurarem o alcance tanto da conservação como desenvolvimento que presumivelmente tentam atingir.


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print ISSN: 2218-5615